"Que a tua faca entorte e quebre".

Tipo assim, esse é tudo o que o povo estava falando e um pouco mais.

Cada cena é uma obra de arte em que se você pausar, pode fazer um quadro daquilo. Eu senti como se fosse um banquete visual pros meus olhos a todo momento. Os dois primeiros atos emanam a identidade de Villeneuve, ou seja, algo audacioso e lindo. Fiquei totalmente encantado. Ele simplesmente traz novidades e demonstra mais uma vez que é um baita diretor e consegue criar grandiosas, monumentais e impressionantes cenas, que são realçadas por uma trilha sonora de excelência. Acho que vão ser poucos os filmes que vão conseguir superar o que o papai Villeneuve fez aqui.

Bom, fiquei intrigado em vários pontos do filme, é muita coisa acontecendo, muitos personagens e para você captar tudo, não pode nem piscar, se não vai perder algo. Vi muitas pessoas falarem que esse filme tem um ritmo cadenciado, tendo um primeiro ato mais calmo para chegar no final e acontecer tudo, mas não acho.

Indo ao ponto, logo no início, regressamos ao ponto final do capítulo anterior, com Paul sendo instruído pelos Fremen para auxiliá-los na recuperação de Arrakis dos Harkonnen. É um filme que trata de esperança, fanatismo religioso e principalmente política. A esperança depositada em Paul pelo povo de Arrakis é alimentada ao longo da narrativa pelo discurso do Lisan Al-Gaib e pela profecia das Bene Gesserit (que citando, acho que são uma das melhores coisas do filme, pois todo o visual e estética estão impecáveis). Esse fanatismo religioso mostrado no filme, irá levar todo o povo de Fremen a destruição, graças a ditadura que irá acontecer. E não, não estamos com ditadores aqui! Queremos a Zendaya no terceiro filme dando muitos feches no Lisan Al Gaib.

Enfim, fiquei com muita vontade de ler os livros. Todo esse universo é fantástico e já quero o terceiro filme.